sexta-feira, 18 de julho de 2008

Marketing de guerrilha


Este método, ainda pouco explorado, pode ser fácilmente adaptado à situação política. Através de pequenas acções sincronizadas e bem planeadas, as quais vigoram o "baixo" custo, os métodos menos tradicionais e um alto grau de atingibilidade.


Mas o que é isto do marketing de guerrilha?


Tal como numa situação de guerra, à qual foi buscar a denominação, o marketing de guerrilha preconiza uma táctica de guerrilha para atingir os objectivos, neste caso empresariais, e que passam designadamente pelo aumento do número e consumo dos clientes de uma empresa. É precisamente sobre os clientes, potenciais ou reais, que recai a maior dose de atenção do marketing de guerrilha. Este conceito foi criado e desenvolvido por Jay Conrad Levinson, ao qual outros especialistas se juntaram, que em 1984 publicou o livro Guerrilla Marketing (Marketing de Guerrilha), que havia de se tornar o primeiro de uma série de mais de uma vintena de livros relacionados também por ele elaborados, isoladamente ou em colaboração. Levinson e o marketing de guerrilha partem do princípio de que uma empresa tem sempre três mercados-alvo diferentes: um primeiro, o maior, que engloba todos os indivíduos localizados na área geográfica de abrangência, independentemente do grau de enquadramento dentro do perfil do consumidor-tipo que tenha sido definido; um segundo, constituído pelo conjunto de clientes potenciais que efectivamente se enquadram dentro do segmento definido como segmento-alvo, através de critérios de carácter demográfico, psicográfico, de rendimento, etc.; e, finalmente, um terceiro mercado-alvo constituído pelos próprios clientes já existentes da empresa. Relativamente ao primeiro dos mercados-alvo referidos, a táctica de guerrilha implica que ele seja visto como importante, apesar de os lucros a ele associados serem reduzidos e de a maior parte das pessoas não estarem no momento interessada nos produtos da empresa. No entanto, o mercado evolui, pelo que as mensagens transmitidas podem vir a ser importantes e deve ser afecta uma parte do orçamento de marketing (cerca de 10%) a este mercado-alvo. O segundo mercado-alvo dos referidos é normalmente algo mais lucrativo que o primeiro e inclui os indivíduos que, com os devidos incentivos e as devidas técnicas, poderão mais ou menos rapidamente tornar-se clientes. Neste contexto, segundo Levinson, deve ser afecta a este mercado-alvo uma percentagem de cerca de 30% do orçamento de marketing. Finalmente, segundo o marketing de guerrilha, os restantes 60% do orçamento de marketing devem ser aplicados no mercado onde se incluem os clientes já existentes da empresa e que constituem para ela uma mais-valia. Esta visão rompe com uma visão mais tradicional do marketing que privilegia o segundo dos segmentos referidos como alvo da principal fatia do investimento em marketing. Neste contexto, a táctica de guerrilha vê o marketing como um círculo que começa nas ideias para gerar lucro e continua com o objectivo de acumular o maior número possível de clientes que retornam e que indicam a outros o produto ou serviço da empresa. Paralelamente, o marketing de guerrilha recorre a estratégias pouco convencionais, nada tradicionais, extremamente práticas e flexíveis. Uma área onde o marketing de guerrilha tem sido aplicado com sucesso é a dos negócios na Internet. Genericamente, o marketing de guerrilha tem como objectivo proporcionar aos pequenos negócios e às pequenas empresas ferramentas que lhes permitam lutar e eventualmente ultrapassar as empresas de maior dimensão através designadamente de uma maior flexibilidade.

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